CRÉDITO - INVESTIMENTOS FEDERAIS TRANSFORMAM O NORDESTE


O Nordeste, nos últimos 12 anos, recebeu expressivos investimentos, que mudaram, significativamente, o perfil daquela região, que antes era estigmatizada como o local do País mais pobre, com menos infraestrutura e oportunidades. A concentração de riquezas, indústrias e investimentos no Sudeste provocou, por muito tempo, uma migração que esvaziou terras no Nordeste e superpovoou as periferias no eixo Rio-São Paulo.


Na última década, o governo federal investiu mais de R$ 32 bilhões em obras para garantir o acesso à água, especialmente nos períodos de seca. A principal ação em andamento é a Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste, que tem objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes de 390 municípios do Semiárido Nordestino, distribuídos entre os estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil é também uma das 50 maiores construções de infraestrutura em execução no mundo e já está com 100% de todas as etapas contratadas. O Projeto de Integração do Rio São Francisco está orçado em R$ 8,2 bilhões. O empreendimento vem para solucionar problema da falta d’água, mas seus benefícios serão ainda mais representativos na região, com a geração de emprego e a inclusão social.

Nem mesmo com a seca os nordestinos precisam sair da região que, historicamente, sofreu graves efeitos em relação à seca. Para tanto, a população recebeu 548,7 mil cisternas para consumo por meio do Programa Água para Todos, que propõe universalizar o acesso à água em todo o País.

Outros R$ 7 bilhões foram utilizados para incentivar a agropecuária com tecnologias de convivência com o Semiárido e a estiagem, por meio do Plano Safra do Semiárido. Para amenizar os efeitos imediatos da estiagem, o governo mantém o Bolsa Estiagem mensal de R$ 80,00 para 1,3 milhão de agricultores que temporariamente não têm como produzir.

“Com esses recursos do Plano Safra Semiárido, nós vamos ajudar os agricultores do Semiárido a retomar a produção, recuperar os rebanhos, e o que é muito importante, fazer reservas de água e de alimento para os meses de seca. Não podemos aceitar que os nossos agricultores não tenham água nas suas propriedades ou alimento para o rebanho durante a estiagem”, disse a presidenta, acrescentando que “também queremos recuperar e fortalecer a produção e o consumo de alimentos regionais, como, por exemplo, a mandioca, além da criação de ovinos e caprinos, porque eles já estão adaptados ao Semiárido”, disse Dilma.

SALOMÃO ZALCBERGAS



Salomão Zalcbergas: Pintor, ilustrador, artista gráfico e escultor, este filho de lituanos é paulista de nascimento, mas baiano desde criança. Radicado no Vale do Capão - Chapada Diamantina, tem hoje sua obra imersa neste cenário de rica beleza natural, memórias de um passado recente do garimpo e o encontro com os "alternativos" como são chamados pelos nativos aqueles tantos de tantos lugares distantes, que se encantam e se fundem ao lugar.

O PODER DO NORDESTE E O BRASIL

Marcelo Veiga
CANDIDATOS, NÃO ME APAREÇAM NO NORDESTE APENAS NO ANO DE ELEIÇÃO, O NORDESTE DETERMINOU OS ÚLTIMOS 4 MANDATOS PARA PRESIDENTE, QUAL A DIFICULDADE EM ENTENDER ISSO?

Sou paulistano e estou no Nordeste por opção de melhor qualidade de vida fazem 10 anos, assisti exatamente a mudança radical para melhor, que o PT fez nesta região. Nunca votei no PT mas reconheço o que fizeram, algo que não justifica tamanha corrupção partindo de seus lideres máximos . Acredito tanto no Nordeste que fundei aqui a TV NORDESTE (www.nordeste.tv) que tem sido líder em audiência online desde que nasceu, comemorando este ano 10 anos de existência, algo que só se realiza com muito amor pelo que se faz, e o Nordeste merece toda a minha paixão. 

A TV NORDESTE é feita por um paulista da capital, onde ofender alguém é xingar de "o seu baiano". Um paulista que estudou e trabalhou no Rio de Janeiro por 20 anos, onde ofender alguém é xingar de "o seu paraíba", mas que escolheu o nordeste para viver e trabalhar por ser um lugar lindo, cheio de oportunidades, cheio de história, e principalmente, cheia de um povo maravilhoso, onde a cultura e a capacidade de sua gente é tão grande que são capazes de produzir presidentes, escritores, músicos e artistas de tamanho quilate que poderia ficar dias narrando seus feitos.

Outros Eduardos Campos surgirão, mas com certeza sei que o Nordeste não vai ficar calado, nem passivo. O Nordestino sabe que votar em Dilma ainda foi o menos pior, sabem que o PSDB nunca fez nada pela região, nem sequer os conhecem. Sigamos em frente vigiando cada dia pois hoje temos a internet e isso é muito, a banda larga rápida é algo muito recente e poderoso que temos a disposição. O Nordestino que votou no menos pior, também querem ver na cadeia os corruptos e sabe que pode ter líderes melhores. Vamos participar de cada dia a dia da nação e dar nossa contribuição.

Tenho dito que o Nordeste tem determinado os últimos 16 anos de poder do pais, somos o peso que faz a diferença. Precisamos de novos governantes, os que estão ai não servem mais, mas aos que querem se candidatar, não me apareçam aqui no Nordeste apenas no ano de eleição, porque não vão conseguir nada. Não basta conquistar apenas Pernambuco na ultima hora. Quem vai começar a trabalhar pelo Nordeste desde agora e sempre?

Marcelo Veiga
www.nordeste.tv

.

LIFE STYLE SUSTENTÁVEL


O projeto +20 Ideias para Girar o Mundo é uma contribuição da UNESCO no Brasil para o debate sobre a sustentabilidade e o futuro do planeta.

POMPAS E CIRCUNTÊNCIAS - ORQUESTRA SINFÔNICA DE TERESINA / PI


A Orquestra Sinfônica de Teresina nasceu em 1993, como orquestra-escola, passando por Orquestra de Câmara de Teresina até se tornar Sinfônica, sempre marcada por uma característica muito peculiar ao povo do Nordeste: a capacidade de realizar com pouco. E assim foi crescendo em importância para a vida cultural de nossa cidade, abrilhantando as festividades com música de concerto, enquanto ensinávamos mais pessoas a tocar instrumentos de orquestra. Hoje, destacam-se os projetos B-R-O BRÓ Sinfônico, que vai a diversos bairros apresentando-se em igrejas; o Música Solidária, levando pequenos grupos a hospitais, asilos e creches; o Música Depois da Missa, que produz concertos todos os domingos pela manhã, envolvendo outros artistas da comunidade; e a Orquestra Escola, que mantém um programa de educação musical que atinge a cerca de 120 crianças por semestre.

Integrantes:
Maestro Regente: Aurelio Melo;
Regente Substituto: Hilson Costa;
Mais 65 músicos integrantes.

Telefone: 86 9982 3114
E-mail: raureliomelo@uol.com.br

Origem: Teresina - PI (Brasil)

Residência: Teresina - PI (Brasil)

Estilo Erudito

PROCURA-SE UMA NOVA CLASSE ALTA

POR NIZAN GUANAES (BAIANO) - O publicitário mais arretado do Brasil aponta o grande luxo que anda em falta na lista de compras da elite brasileira

O que os americanos e ingleses mais sofisticados têm em comum? Cultura. Livros e dinheiro são uma mistura perfeita para elegância, savoir faire e bom gosto.

Infelizmente o Brasil, que copia tanta coisa destes dois grandes países, não aprendeu a copiar essa ainda. A pobreza do rapaz rico dos camarotes, estampada na capa da Vejinha, mostra uma classe alta inculta que beira as raias do constrangimento num país cheio de desigualdades.

Ninguém que tenha aberto um livro será capaz de, num mundo desigual como o nosso, abrir champanhes magnum a rufar de tambores e piscar de luzes.

Dinheiro sem livro faz garotos ruidosos e meninas caladas. Gente mal vestida com as melhores grifes. E que não sabe se comportar no mundo.

Gente caipira.

A começar, não sabem falar inglês, inaceitável num mundo global. O mais lamentável ainda é que falam mal português também.

A vida social em Nova York e Londres se passa dentro de universidades e museus, misturando caridade, diversão e cultura. Quando você conversa com pessoas como Tina Brown e Arianna Huffington, elas não são apenas locomotivas sociais, elas são enciclopédias vivas. Sem cultura e sem refinamento intelectual, seremos sempre sinhozinhos e sinhazinhas capiras mesmo que a gente compre todas as roupas, relógios, fivelas, todos os aviões e carros do mundo.

Este país, apesar de todos os desafios que tem, já é um gigante global. E além de uma nova classe média, ele precisa de uma nova classe alta.

Harvard, Yale, Stanford, Oxford, Cambridge… são centros sociais desse mundo moderno. É lá nessas escolas que se formam o establishment social que vai influir no mundo. No Brasil, nós ainda achamos que esse establishment se forma em Nammos, em Mikonos, ou no Club 55, em St.-Tropez.

Nasci no Pelourinho. Fui a uma universidade bem mais ou menos. Mas em vez de dar uma Ferrari pro meu filho, coloquei ele na melhor escola que São Paulo tem: a Graded. E ele, por conta própria, escolheu fazer o colegial em uma das melhores prep schools dos Estados Unidos. A escola Exeter foi fundada em 1781. Lá estudou Mark Zuckerberg. A biblioteca tem 250 mil livros. E Antonio está estudando latim, fazendo remo e sofrendo pra burro pra entrar na disciplina da escola. Mas isso sim é uma herança.

Meu filho leu mais do que eu, sabe mais do que eu. Está se tornando um homem melhor por dentro e por fora.

Eu acredito que desse jeito construo não só um futuro pra ele, mas construo um futuro melhor pro país. Eu me dedico pessoalmente à educação de minhas crianças. Cada uma tem seu caminho e seu estilo. Passei, por exemplo, uma semana mostrando a Antonio o que era Istambul. E três horas jantando com Zeca, eu e ele, num restaurante três estrelas Michelin em Osaka.

Os brasileiros melhores que nós formamos são a maior contribuição que podemos dar ao futuro desse país. Claro que o caminho não é fácil. Antonio, por exemplo, acostumado à boa vida de um menino em sua idade em São Paulo, luta para se enquadrar à vida espartana e focada em Exeter. Ao acompanhar meu filho e sua luta na tradicional escola, vejo de posição privilegiada como os Estados Unidos e a Inglaterra fabricam grandes mentes a ferro e fogo. Estudantes de história que viram fotógrafos ou vão fazer moda, ou simplesmente serão grandes anfitriões.

Mas em tudo que forem fazer terão a marca indelével da boa educação. E é isso, educação, que nós, a elite, desejamos e cobramos tanto para os pobres que eu cobro para os ricos. Porque é elite estudada, culta e sensível um dos maiores luxos que este país mais precisa.

http://siterg.terra.com.br/news/2014/03/18/procura-se-uma-nova-classe-alta-por-nizan-guanaes/
.


"ROTA DA EMOÇÕES" - PIAUÍ / CEARÁ / MARANHÃO


A ROTA - www.rotadasemocoes.com.br (site oficial)

Tripla dose em emoção com muita aventura, praia e ecoturismo. Assim é a Rota das Emoções, envolvendo paraísos naturais como o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA), a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba (PI) e o Parque Nacional de Jericoacoara (CE). A Rota das Emoções, roteiro que liga três estados do Nordeste brasileiro, Ceará, Piauí e Maranhão, apresenta ecossistema variado, formando mares de ondas perfeitas, próprias para a prática do surf, windsurf, kitesurf, entre outros esportes náuticos. Toda a Rota das Emoções é envolta em muita aventura e a região bastante conservada virou roteiro obrigatório para os amantes do ecoturismo,do turismo de aventura e dos esportes ao ar livre.

Este roteiro integrado é resultado do Projeto da Rede de Cooperação Técnica para a Roteirização – 1ª edição, implementado pelo SEBRAE e Ministério do Turismo. Desde 2005, lideranças locais, empreendedores e entidades trabalham unidos para o desenvolvimento integrado desta região. O SEBRAE tem trabalhado as comunidades ao longo da Rota das Emoções, valorizando sua cultura ensinando-lhes sobre a importância desse potencial turístico que é também uma forma de desenvolvimento das comunidades e sustento nos mais diversos ramos do turismo, sempre com um olhar na sustentabilidade e competitividade do produto no mercado nacional e internacional.

Todos esses esforços contribuíram para que a Rota das Emoções, em 2009, fosse eleita o Melhor Roteiro Turístico do país, concedido pelo Ministério do Turismo, durante o 4º Salão do Turismo, maior evento turístico da América Latina. Visão de Futuro da Rota das Emoções Ser um destino sustentável de referência nacional e internacional pelos seus produtos únicos, diferenciados, que integra natureza, aventura, esportes relacionados com vento e água, e cultura, num cenário de sol e praia. Princípios Básicos da Rota das Emoções Compromisso com o desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das comunidades envolvidas. Fortalecimento da governança local. Efetivação do processo de integração em todas as instâncias. Vivência de uma experiência de grande significado ao turista. Observância das políticas públicas nacionais, estaduais e municipais, voltadas para o turismo.

CRÉDITO - AS LIÇOES DO NORDESTE PARA O TURISMO DO BRASIL

A região que mais se beneficia do turismo no país tem bons exemplos de como gerar desenvolvimento regional, renda para a população e incrementar a economia por meio da atividade turística


O Nordeste é a região brasileira que mais se beneficia do turismo no país. As atividades relacionadas ao turismo representam 9,8% do PIB da região, o que representa um faturamento de R$ 42,7 milhões por ano, de acordo com um estudo do Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

“O Nordeste tem muito a oferecer ao turista. A receptividade do povo associada às opções de lazer tornam a região muito atraente”, diz Vinicius Lummertz, secretário nacional de Políticas de Turismo. Olinda, São Luís e o Pelourinho (Salvador) estão entre os grandes atrativos culturais da região, considerados Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. 

O Ceará se destaca pela rede hoteleira variada e destinos turísticos bem estruturados, como Fortaleza; Pernambuco oferece ao turista um dos paraísos naturais mais desejados pelos viajantes, o arquipélago de Fernando de Noronha, além das belas praias de Porto de Galinhas. Já a Bahia tem dois destinos turísticos entre os mais desejados do país: Porto Seguro e Salvador. 

Ceará, Pernambuco e Bahia são respectivamente os estados nordestinos que mais receberam recursos do MTur para obras de infraestrutura turística: R$ 710 milhões, R$ 395 milhões e R$ 346 milhões. Se depender dos viajantes brasileiros, o Nordeste vai continuar em evidência na alta temporada que segue. A região é a preferida de 46,9% dos consumidores que manifestaram intenção de viajar, de acordo com a pesquisa Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, feita pelo Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. A Sondagem foi feita em outubro e mediu a intenção de viagem pelos próximos seis meses.

O público mais velho também elegeu o Nordeste como principal destino. As praias de Natal (RN) e Fortaleza (CE) estão entre as preferidas dos idosos que viajaram por meio de um programa de descontos e vantagens em pacotes de viagem, o Viaja Mais Melhor Idade. O programa é destinado a idosos, aposentados e pensionistas. A primeira etapa do programa foi lançada em 2007 e vendeu 599 mil pacotes até 2010, boa parte deles para o Nordeste.

Nordeste é o destino preferido dos Europeus

Italianos e portugueses se destacam entre os turistas que mais visitam a região, segundo estudo do Ministério do Turismo

As cidades do Nordeste são os principais destinos de interesse dos turistas europeus que visitam o Brasil. Os viajantes de pelo menos seis países do continente ocupam lugares de destaque entre os estrangeiros que visitam destinos de sol e praia em cidades como Fortaleza, Natal, Recife, Porto Seguro e Salvador.

Os italianos foram os principais visitantes de Fortaleza (CE) em 2012, segundo a pesquisa de demanda internacional do Ministério do Turismo. Mais de 20% dos estrangeiros que visitaram a cidade são originários da Itália. Da lista dos dez maiores emissores de turistas para a capital cearense constam também outros países europeus como Portugal, França, Suíça, Espanha e Holanda, além de países de outros continentes.

Em Natal, os italianos também foram maioria em 2012. Dos estrangeiros que lá desembarcaram 19,1% são da Itália e 14,3% de Portugal. A capital do Rio Grande do Norte atraiu também, entre os europeus, visitantes da Espanha, Noruega, Alemanha, França e Suíça. São os mesmos países que mandaram também um grande contingente de turistas para Recife, sendo os alemães os mais numerosos, com 11% de participação no receptivo recifense.

Em dois dos principais destinos da Bahia, Salvador e Porto Seguro, os europeus de seis nacionalidades também marcaram presença na lista dos dez mais. As primeiras colocações, no entanto, ficaram com a Argentina e os Estados Unidos, principais países emissores de turistas para o Brasil. Apesar da hegemonia europeia no Nordeste, argentinos e estadunidenses dividiram o espaço com os europeus.


Assessoria de Comunicação Social - Ascom
Telefone: (61) 2023-7055
e-mail: imprensa@turismo.gov.br

CRÉDITO - A IMPORTÂNCIA DA REGIÃO NORDESTE NA ECONOMIA NACIONAL

Nordeste, a região com maiores
oportunidades de empregos,
negócios e empreendedorismo do Brasil
A economia da Região Nordeste do Brasil foi a base histórica do começo da economia do Brasil, já que as atividades em torno do pau-brasil e da cana-de-açúcar predominaram e foram iniciadas no Nordeste do Brasil.

A Braskem é uma das empresas que formam o conglomerado nordestino Odebrecht, um dos maiores grupos no ramo petroquímico e de construção do mundo. Outras empresas oriundas do Nordeste do Brasil que merecem destaque são as multinacionais Queiroz Galvão e Baterias Moura, além dos grupos João Santos, M. Dias Branco e J. Macêdo.

A Região Nordeste é, atualmente, a terceira economia do país entre as grandes regiões.

Sua participação no Produto Interno Bruto brasileiro foi de 13,1% em 2008, após a Região Sul (16,6% de participação no PIB) e à frente da Região Centro-Oeste (9,2% de participação no PIB).

Ainda assim, é a região com o mais baixo PIB per capita, R$ 7.487,55 em 2008, e maior nível de pobreza.

A distribuição de renda nessa região melhorou significativamente na década de 2000: segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, a renda média no Nordeste sofreu um aumento real (já descontada a inflação) de 28,8% entre 2004 e 2009, passando de R$ 570 para R$ 734. Entre 2008 e 2009, o incremento foi de 2,7%.

Foi a região que apresentou o maior incremento no salário médio do trabalhador nesse período.

Em 2008 seu PIB nominal era de R$ 397,5 bilhões, ou US$248 bilhões, superando o de países como Chile, Portugal,Colômbia, Venezuela, Peru, Nova Zelândia, Dinamarca e Irlanda, e seu PIB nominal per capita, de R$ 7.487,55, superando o de países como Ucrânia, Tailândia e China. 



As maiores economias da Região Nordeste são, respectivamente, Bahia, Pernambuco e Ceará (com um PIB em 2008 de, respectivamente, US$85, US$49 bilhões e US$38 bilhões), estados que concentram, juntos, 8,3% do PIB nacional, e mais de 48% do PIB da Região. Já os estados nordestinos com maior PIB per capita são Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco, seguidos por Ceará, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Piauí. São Francisco do Conde-BA é o município com maior PIB per capita do Brasil: R$ 288.370,81; porém há outras cidades nordestinas com PIB per capita entre os 50 maiores do país: Guamaré-RN (R$ 105.286,64), Ipojuca-PE (R$ 84.405,26), Rosário do Catete-SE (R$ 75.111,91) e Cairu-BA (R$ 55.508,92).

A região é vista por muitos economistas como uma das mais promissoras do mundo ocidental, pois tem cerca de 30% da população brasileira e grande parte de seus habitantes ainda fora do mercado consumidor. Segundo o economista José Otamar de Carvalho a renda per capita regional equivale a 60% da renda do Sudeste (40% em 1960), mas o percentual de renda apropriado pelos 10% mais ricos chega a cerca de 50%.



Investimentos significativos estão mudando o perfil da Região Nordeste. Serão R$ 50 bilhões, investidos até 2015, nos principais pólos econômicos – Pecém/CE (US$ 7 bilhões), Fábrica da Fiat – Goiana/PE (US$ 7 bilhões), Suape/PE (US$ 26,1 bilhões) e Camaçari/BA (US$ 15 bilhões). Alguns indicadores vêm apresentando melhoria importante, como o número de carteiras assinadas, que passou de 4,3 milhões, no ano 2000, para 13,3 milhões, em 2011. Mas embora a participação do PIB do Nordeste em relação ao Brasil venha crescendo, a região ainda é pobre. “O Nordeste responde por 13,5% do PIB brasileiro, mas representa 27,8% da população do País.”, comparou Francisco Cunha da TGI de Recife.


.

HUBLOT APRESENTA O KING POWER "SPECIAL ONE"

Em homenagem ao famoso treinador de futebol José Mourinho - "The Special One" - que recetenmente entrou para a família dos prestigiosos embaixadores Hublot, apresentamos o relógio que faz jus ao seu nome "King Power Special One". Com um imponente diâmetro de 48 mm, um design elegante e esportivo, percebe-se que esse King Power é bem diferente à primeira vista.

É a fibra de carbono azul escuro que chama a atenção. Uma novidade. Trata-se de um procedimento técnico inédito. A cor está diretamente integrada às fibras dispostas no molde e, juntas, elas são postas sob pressão. Portanto, a cor está dentro do material. O efeito visual é acentuado pela sobremoldagem do aro, também azul, assim como as inserções de borracha nos botões e na coroa. Os contadores, os ponteiros, a minuteria são igualmente do mesmo azul e, para finalizar, uma pulseira de couro de crocodilo azul marinho, que dá também seu toque a essa característica tão particular do relógio, completa o conjunto. Aliás, por que azul? Por que a cor é uma assinatura do estilo de José Mourinho; suas gravatas, suas camisas, ele está sempre vestido com um toque de azul. A sua assinatura está, inclusive, no fundo do relógio.




Dentro do relógio, bate um cronógrafo de fábrica UNICO, 100% concebido, desenvolvido, produzido e montado pelos especialistas em micro-mecânica, engenheiros e relojoeiros da Hublot. É um cronógrafo Flyback (flyback, porque a prática permite um reinício de cronometragem imediato), único na indústria relojoeira, com dois botões e indicação de data cuja particularidade é o posicionamento de seu mecanismo com dupla embreagem
horizontal e a famosa "roda de colunas" visível ao lado do mostrador. Um contador
de 60 segundos central assim como um pequeno contador de 60 minutos posicionado às 3h oferecem uma boa visibilidade das funções para o proprietário do relógio. Sua âncora e roda de escapamento são de silício, uma garantia de melhor desempenho por serem mais leves.

A construção do conjunto de 330 componentes se beneficia de uma grande precisão e confiabilidade graças a uma escolha de vários componentes com a tecnologia LIGA (litografia, galvanoplastia e moldagem). Estes foram feitos devido ao acrescimento da matéria que dá uma precisão de fabricação na escala do mícron. Além da qualidade da precisão, isto apresenta também a vantagem suplementar de realizar formas e designs originais (por exemplo, esta técnica permitiu a produção das partes móveis da embreagem e do desvio de segundos para o cronômetro com um micro conjunto de dentes com braço duplo). Sua frequência, de 4hz/28.800 vibrações por hora, e o cuidado de seus acabamentos também proporcionam uma garantia da boa qualidade cronométrica.

Enfim, sua produção automatizada, como, a robotização para a usinagem, o cravamento
das pedras, a lubrificação e muitas operações de montagem permitem também obter uma qualidade constante e controlada. As duas versões desse modelo exclusivo são apresentadas em Basileia: em titânio ouem King Gold (o famoso ouro vermelho da Hublot, mas precioso e mais vermelho graças à adição de 5% de platina). 

Fonte: http://www.hublot.com/pt/news/hublot-presents-the-king-power-special-one


.

A INDUSTRIA DO LUXO AGORA INVESTE NO NORDESTE DO BRASIL

Cansadas de disputar clientes em shoppings de São Paulo, as empresas de luxo estão descobrindo o consumidor do interior do país — que, rico como nunca, quer mesmo é esbanjar

Mostrar que venceu na vida é a atividade predileta do advogado goiano Djalma Rezende. Aos 60 anos, tem um Porsche e uma Ferrari na garagem, um lustre de cristal Baccarat pendurado na sala e uma noiva de 22 anos, a estudante de direito Nathany Mendes, nos braços.

Em dezembro de 2012, ele se deu de presente um jatinho da italiana Piaggio Aero — marca que produz o avião da Ferrari —, avaliado em 18 milhões de reais. “Fui criado na roça e hoje faço questão de consumir o que há de melhor”, diz, com o orgulho típico dos novos-ricos.

Especialista em disputas de terra, Rezende fez fortuna ao atender fazendeiros e empresários da região. Entre seus clientes estão alguns dos empresários mais poderosos de Goiás, como Marcelo Henrique Limírio, fundador do laboratório Neo Química, e João Alves de Queiroz Filho, dono da empresa de bens de consumo Hypermarcas.

Até pouco tempo atrás, ele costumava — as agruras dessa vida! — ir a São Paulo ou a Miami para torrar seu dinheiro em roupas, joias e vinhos. Mas, de dois anos para cá, as coisas ficaram mais fáceis para Rezende. Sua região ganhou empórios, joalherias e butiques. Seu avião, por exemplo, foi comprado em Uberlândia, a 360 quilômetros de sua casa, em Goiânia.

“Encontro quase tudo por aqui. Até caixa de Château Pétrus já dá para comprar em Goiânia”, afirma, referindo-se a um dos vinhos mais caros do mundo. As empresas de luxo estão descobrindo o óbvio: o interior do país nunca foi tão coalhado de gente rica — e disposta a gastar e a ostentar de um jeito que pegaria mal em cidades grandes.

As vendas do mercado de luxo no Brasil triplicaram nos últimos sete anos. Chegaram a 20,7 bilhões de reais em 2012. A expectativa é que haja um crescimento de 10% a 20% ao ano até 2020, segundo a consultoria MCF. Mais de 40 grifes internacionais — como a francesa Hermès e a italiana Prada — começaram a operar no país desde 2009.

Nos primeiros anos, era natural que essas marcas se estapeassem para conquistar os maiores mercados do país, São Paulo e Rio de Janeiro. A construção de shoppings como Cidade Jardim e JK Iguatemi, em São Paulo, é um reflexo disso. Mas, com a concorrência apertando, fica mais difícil alcançar as metas de vendas impostas pelas matrizes. O jeito tem sido ir atrás dos ricaços do interior.

O estado de São Paulo ainda concentra 49% dos milionários brasileiros, mas é no interior e nas cidades médias que o número de ricos mais cresce, segundo um levantamento do banco americano Haliwell, especializado em gestão de fortunas. De acordo com as contas do Haliwell, o número de moradores do Centro-Oeste com pelo menos 1 milhão de dólares disponível na conta cresceu 10% nos últimos dois anos.

Em Cuiabá, o crescimento chegou a 23%. Cidades médias de outras regiões, como Porto Velho e Campina Grande, também estão entre as que mais ganharam milionários — em termos relativos, claro. Isso acontece porque, enquanto Rio de Janeiro e São Paulo têm uma economia diversificada e acabam refletindo o desempenho do PIB do país, o interior é influenciado por fenômenos locais.

O maior exemplo é a agropecuária, que cresceu 13% nos últimos 12 meses e tem feito sobrar dinheiro em diversos estados do país.

As empresas de luxo, como consequência, nunca atacaram em tantas frentes. Em outubro de 2012, o shopping RioMar, em Recife, foi inaugurado com lojas da inglesa Burberry e da alemã Hugo Boss. Em setembro, será aberto o Pátio Batel, em Curitiba, com a francesa Louis Vuitton e a joalheria americana Tiffany.

É um mundo novo para as grifes, que são obrigadas a inventar formas de se aproximar da clientela. Em março, a grife italiana Ermenegildo Zegna despachou para Recife um vendedor italiano para mostrar aos pernambucanos que a empresa sabe fazer ternos apropriados ao clima do Nordeste.

Os 30 ternos encomendados foram feitos na Itália e enviados de volta com uma etiqueta bordada com o nome de cada cliente. As marcas também passaram a organizar eventos para se apresentar aos novos-ricos. A primeira-dama de Goiás, Valéria Perillo, organizou, em junho, um desfile da joalheria Tiffany e da estilista americana Diane von Furstenberg para 350 convidados.

A Tiffany também escolheu a designer de interiores Leandra Gualberto para ser sua embaixadora em Goiânia. No fim de agosto, ela reuniu em sua mansão 80 socialites, que puderam comprar por 300 reais chaves premiadas que abriam dez caixas de joias cedidas pela Tiffany. O dinheiro foi doado para caridade — fazer caridade pega bem entre as socialites.

Para chegar a essas novas regiões, as empresas enfrentam dificuldades notórias. A marca suíça de relógios Jaeger Le-Coultre criou uma espécie de comércio eletrônico personalizado. Se alguém no interior quer comprar um relógio da grife, o vendedor entra num avião em São Paulo e vai até ele (essa trabalheira toda só faz sentido porque cada relógio custa pelo menos 20 000 reais).

Para diluir seus custos, a fabricante italiana de iates Ferretti, que vende barcos de até 50 milhões de reais, fechou parcerias para oferecer em suas lojas carros da Rolls-Royce, imóveis e relógios suíços. Já a Louis Vuitton, com sete lojas no país, adotou outra estratégia: lançou sua loja virtual em agosto para alcançar consumidores em regiões isoladas.

“O Brasil é grande demais, não faz sentido para uma grande marca de luxo pensar apenas em São Paulo”, diz Gabriele Zuccarelli, sócio da consultoria Bain & Company. Consumidores como Djalma Rezende vão continuar a aparecer. Sorte das grifes — e de revistas que, como EXAME, precisam de boas fotografias para ilustrar suas reportagens sobre luxo.
http://exame.abril.com.br/topicos/joao-alves-de-queiroz-filho
.

 

NOVO DISCOVERY SPORT SERÁ FABRICADO NO BRASIL


No Salão de Genebra (Suíça), a Land Rover já havia afirmado que transformaria o Discovery em uma família com três modelos, nos moldes da Range Rover. E, após lançar a nova linha do Discovery tradicional, a marca inglesa prepara para o Salão de São Paulo (SP), em outubro, o segundo membro da submarca, o Discovery Sport, conforme apurou UOL Carros junto a fontes da marca. 


De porte menor em relação ao irmão mais velho, o Discovery Sport fará sua estreia mundial no Salão de Paris (França), no fim de setembro, mas já teve suas primeiras imagens e informações oficiais divulgadas esta semana. O utilitário chega ao Brasil em 2015 e, conforme UOL Carros apurou, deve custar um pouco menos que os R$ 254 mil pedidos pelo Discovery 4 de entrada. Para promover o lançamento, a fabricante criou uma promoção bastante agressiva: fãs da marca poderão se cadastrar no site da campanha, gravar um vídeo de 30 segundos, em que respondem à pergunta "você está pronto para descobrir?", e indicar mais três amigos para concorrer a uma viagem ao espaço. 

Não, você não leu errado: o prêmio são quatro bilhetes, no valor estimado de R$ 560 mil cada, para uma das excursões espaciais que a Virgin, empresa do bilionário Richard Branson, planeja realizar nos próximos anos. É claro que, para recebê-lo, os vencedores terão de passar por um programa de adaptação às condições da viagem, incluindo ausência de gravidade. A previsão é de que o embarque mesmo só ocorra em 2016. Antes de chegar lá, os mais de 40 países participantes, incluindo o Brasil -- que será incluído na lista a partir de quinta-feira (4) --, farão seletivas próprias para escolher os ganhadores locais. 

No caso brasileiro, o quarteto vencedor será anunciado em 9 de novembro, durante o Salão de São Paulo, e ganhará hospedagem durante um fim de semana no Centro de Treinamento da Land Rover do Brasil, num hotel-fazenda de Itatiba (SP), onde poderá testar e receber aulas de direção a bordo dos modelos da marca. O SUV O Discovery Sport contará com duas opções de motor: o 2.0 Si4 a gasolina, de 240 cavalos e injeção direta, e o 2.2 turbodiesel nas versões TD4 e SD4, que rendem 150 e 190 cv, respectivamente. O câmbio é o mesmo ZF de nove marchas que já equipa o Range Rover Evoque. 

A montadora abriu poucas informações sobre se o modelo incluirá tecnologias mostradas no protótipo Discovery Vision Concept, durante o Salão de Nova Iorque (Estados Unidos), como o capô transparente e os faróis de laser. Do conceito, o Discovery Sport carregou diversos traços estéticos, especialmente na dianteira e nas laterais. Já a traseira mudou bastante, recebendo lanternas mais largas e estreitas, e nicho centralizado para a placa. Ao contrário do Vision Concept, o Discovery Sport não terá as portas de trás com abertura estilo suicida.

O CEO EDUARDO CAMPOS

Legados de Eduardo

Pelo Governador de Pernambuco João Lyra Neto
Revista Negócios PE

Não podemos escrever a história recente de Pernambuco sem o antes e o depois de Eduardo Campos. De fato, o estado nos últimos anos mudou seu perfil de desenvolvimento, crescendo acima da média nacional e batendo sucessivos recordes de investimento, gerando emprego e renda, progresso e interiorização do desenvolvimento. Tenho a honra de ter participado desta administração ao lado do governador Eduardo Campos e de ter vivido esses tempos da construção de uma nova história em Pernambuco. Agora, com maior responsabilidade ainda de concluir a obra iniciada sobre sua brilhante liderança. Seu trágico e precoce desaparecimento nos faz valorizar cada vez mais o legado deixado por ele, um político com coragem e compromisso com o povo pernambucano e brasileiro.

Ele se comprometeu a construir um novo Estado de Pernambuco e é o que fez, com ousadia, determinação, inovação, liderança e, sobretudo, sensibilidade social, deixando um exemplo de gestão que extrapola as fronteiras do nosso estado. Estive ao seu lado durante toda a gestão. Coordenei o grupo que reestruturou as áreas de Segurança Pública, Educação e Saúde e participei da concepção, estruturação e implantação do Pacto pela Vida. Além disso, em 2008, assumi a Secretaria de Saúde e pude elaborar o primeiro diagnóstico sobre as necessidades da saúde em Pernambuco.

Joao Lira
governador de Pernambuco
“Ele se comprometeu a construir um novo Estado de Pernambuco”

Pude, com isso, testemunhar de perto seu dinamismo e enorme capacidade de liderança e trabalho. Por isso foi considerado o melhor governador do Brasil por diversas vezes através de pesquisas de institutos de opinião consagrados como Datafolha e Ibope e um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009, segundo a Revista Época. A administração de Eduardo Campos também foi reconhecida como uma das mais eficazes do país, premiada pelo Movimento Brasil Competitivo. Reconhecimento que não ficou apenas no Brasil. Ao reduzir, por sete anos seguidos, os índices de violência no Estado, o Pacto Pela Vida tornou-se um dos vencedores do mais importante prêmio de gestão pública do mundo da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com moderna infraestrutura e novo modelo de gestão, Pernambuco se transformou num polo de desenvolvimento, atraindo cada vez mais empreendimentos industriais estruturadores, abrindo o Estado a inserção competitiva nos mercados internacionais, moldando um novo patamar para o futuro. Os números confirmam esse crescimento. De 2007 a 2013, o Prodepe contabilizou 714 projetos industriais para o Estado, com estimativa de geração de 68.750 vagas de empregos apenas na indústria. No total, mais de 560 mil novos empregos foram gerados em Pernambuco nesse período. Os investimentos chegaram à casa dos R$ 78 bilhões e foram distribuídos em todas as regiões do desenvolvimento.

Em 2013, das 65 empresas aprovadas pelo programa, 33 optaram por implantação ou ampliação das plantas em municípios do interior, quase 51% do total, enquanto a Região Metropolitana do Recife (RMR) abrigou os demais projetos. Vale ressaltar que, em 2007, o número referente aos investimentos para o interior representou 2,4% do total, e chegaram a 52,2% em 2013, confirmando de maneira inquestionável o processo de interiorização do desenvolvimento econômico previsto no foco prioritário da atual gestão do Governo de Pernambuco.

Eduardo deixou a marca de geração de emprego e renda, progresso e interiorização do desenvolvimento. E, na construção do futuro dos pernambucanos, investiu-se bastante na educação. O estado, que já figurou entre os piores índices de desempenho na educação básica do país, atualmente apresenta índices que superam, em muito, a média nacional. Hoje, temos a maior rede de ensino integral do Brasil. Das 1058 escolas da rede estaduais, 300 são de referência, sendo 125 integrais e 175 semi-integrais. Além disso, houve um significativo crescimento com a construção de novas escolas técnicas, que eram apenas cinco em 2007, e atualmente são 26. Para o fim de 2014, com a inauguração de mais 14 unidades na Região Metropolitana e no interior do estado, a rede estadual de ensino profissionalizante terá 40 escolas.

De olho no futuro e na qualificação dos jovens pernambucanos para enfrentar o mercado de trabalho aberto pelos empreendimentos que aportaram no estado nos últimos anos, Eduardo Campos, com sensibilidade social e espírito inovador, criou o Programa Ganhe o Mundo, que oferece intercâmbio internacional e cursos intensivos de idiomas – inglês e espanhol – para estudantes da rede estadual de Pernambuco.

Pensando nesse cenário econômico promissor, estabeleceu o programa como política pública de fortalecimento da língua estrangeira, que possibilita aos estudantes das escolas públicas a experiência de conviver com diferentes culturas. Entre 2012 e 2014, mais de 2.200 estudantes, com despesas totalmente custeadas, viajaram para intercâmbio nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Espanha, Argentina e Chile. A previsão é que, até o final deste ano, mais 1.600 alunos das escolas públicas do estado façam esse mesmo caminho.

É por isso que Pernambuco tem hoje a rede estadual de ensino mais atrativa do Brasil, segundo confirmam os dados do Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anísio Teixeira (Inep). A instituição aponta Pernambuco como sendo o Estado da federação com o menor índice de abandono escolar em 2013 para as escolas estaduais do ensino médio: 5,20%. O Estado também subiu 12 posições no IDEB, índice de desenvolvimento da educação básica. Obteve o maior crescimento no ensino médio entre todos os estados da Federação pulando, da 21ª posição, em 2007, e chegando ao 4º lugar no ranking nacional em 2014, sendo o estado com a maior evolução do país. Conectados às novas tecnologias, os estudantes do ensino médio de Pernambuco recebem um tablet como parte do material de estudo. Em três anos já foram entregues cerca de 350 mil equipamentos.

Na saúde, Pernambuco bateu recorde na aplicação de recursos e, por 7 anos consecutivos, figura entre os estados que mais aplicam receitas próprias no setor, sempre superando o mínimo regulamentado pela Emenda Constitucional 29, de, no mínimo, 12% de toda a arrecadação estadual, definido para os Estados brasileiros.

Quebrando uma inércia de meio século, três novos hospitais metropolitanos foram entregues à população, além da construção 15 Unidades de Pronto Atendimento em Pernambuco. A 16ª UPA está sendo construída no Bairro do Arruda, no Recife, e deve ser entregue até o final do ano. Além disso, já foram entregues 09 UPAEs (Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada - UPAE) em Pernambuco e, até o final de 2014, outras seis unidades estarão em pleno funcionamento. Tudo isso gerando uma cadeia de oportunidades para empreendedores em diversas áreas, tanto na região metropolitana quanto no interior do estado.

Eduardo Campos legou aos pernambucanos um Estado melhor para se viver. O sentimento é do dever cumprido e sua gestão, para a qual fomos eleitos em 2006, enche de orgulho a todos pernambucanos. Mais que o crescimento e a revitalização da economia, o modelo de gestão e de todas as obras realizadas ao longo desses sete anos e meio, fica na memória dos pernambucanos o homem Eduardo Campos. Um político que honrou a confiança do povo e utilizou seu mandato em defesa dos mais pobres, multiplicando escolas públicas de qualidade, melhorando o atendimento de saúde à população, a segurança pública, o abastecimento d’água, a formação de mão de obra e o combate ao desemprego. Esse é o maior legado de Eduardo Campos.

http://www.revistanegociospe.com.br/materia/Legados-de-Eduardo

TEATRO JOSÉ DE ALENCAR - FORTALEZA/CE


O Teatro José de Alencar é um teatro brasileiro, localizado na cidade de Fortaleza, no Ceará. Foi inaugurado oficialmente em 17 de junho de 1910 e apresenta arquitetura eclética, sala de espetáculo em estilo art nouveau, auditório de 120 lugares, foyer, espaço cênico a céu aberto e o prédio anexo, com dois mil metros quadrados, que sedia o Centro de Artes Cênicas (CENA); o Teatro Morro do Ouro, com capacidade para 90 pessoas; a praça Mestre Pedro Boca Rica, com palco ao ar livre e capacidade para 600 pessoas; a Biblioteca Carlos Câmara; a Galeria Ramos Cotôco; quatro salas de estudos e ensaios; oficinas de cenotécnica, de figurino e de iluminação; o Colégio de Dança do Ceará e o Colégio de Direção Teatral, do Instituto Dragão do Mar; a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho; e o Curso Princípios Básicos de Teatro. 



A pedra fundamental do teatro foi lançada em 1896, no centro da praça Marquês do Herval, hoje Praça José de Alencar (Fortaleza) , mas o projeto original não foi concretizado. Em 1904 é que foi oficialmente autorizada a construção do Teatro José de Alencar, através da lei 768, de 20 de agosto. Em 6 de junho de 1908 as obras oficialmente tiveram início, e as peças de ferro fundido que compõem a estrutura do teatro foram importadas de Glasgow, na Escócia. No início do século, ao fazer o projeto arquitetônico do Teatro José de Alencar, o capitão Bernardo José de Mello imaginou um teatro-jardim. Mas, o jardim mesmo, só foi construído anos depois da festa de inauguração, na reforma que durou de 1974 a abril de 1975. O jardim ocupa todo o espaço vizinho ao teatro, pelo lado leste. O novo prédio, conhecido como anexo, foi incorporado ao Teatro José de Alencar na reforma realizada de 1989 a 1990.



SPOK FREVO ORQUESTRA



Site Oficial da Orquestra

A SpokFrevo Orquestra bebe no frevo, música vibrante, de arranjos elaborados e raízes firmes. Leva a tradição para o palco, mas não abre mão da liberdade. Inspira-se no legado jazzístico fundamental, o improviso. Surgiu no Recife, em 2003, de experiências que remontam ao fim da década de noventa, sob a batuta de Inaldo Cavalcante de Albuquerque, o maestro Spok, que acumula as funções de saxofonista, arranjador e diretor musical. Spok atua à frente dos 17 músicos que compõem o grupo, uma big band de fato, com seus naipes de saxofones, trombones, trompetes, além de guitarra, contrabaixo, bateria e percussão. 






A Orquestra empreende uma cruzada que vai além de controvérsias estéticas. Em Pernambuco, onde o frevo nasceu, vínculos centenários prendem o gênero à rua, à dança e à festa. Mas seus atributos musicais, sua sofisticação e originalidade, justificam o propósito maior da SpokFrevo: arrancar o frevo do seu papel coadjuvante e levá-lo ao palco, como ator principal. Para isso, precisa romper paradigmas e seguir inventando a tradição. A chave da questão: excelência musical e conhecimento de causa.

A SpokFrevo conquistou seu espaço em um duplo movimento; que garante à Orquestra presença assídua nos principais festivais e palcos da música instrumental do Brasil e da Europa, e ao frevo o devido reconhecimento como gênero singular e versátil – o bastante para ser executado o ano todo, transcendendo a folia e o passo. Hoje, a ousadia da SpokFrevo é reconhecida pela crítica, que enxerga sua proposta musical como precursora de uma nova escola. Tárik de Souza, em sua coluna no Jornal do Brasil de 17 de julho de 2009, atesta que chegou “a vez do frevo-jazz”, apontando a SpokFrevo como “a big band que amalgamou frevo e jazz de forma incandescente”.

Em 2005, o jornal O Globo elegeu a apresentação no TIM Festival como um dos dez melhores shows que passaram pelo Rio de Janeiro naquele ano. Ainda em 2003, após apresentação no V Mercado Cultural, em Salvador, o escritor, saxofonista e jazzófilo Luís Fernando Veríssimo registrava: “A poderosa orquestra SpokFrevo passa de Vassourinhas a Chico Science sem deixar cair uma nota”. Mais recentemente, em 2009, o CD Passo de Anjo – Ao Vivo conquistou o Prêmio da Música Brasileira como melhor disco instrumental do ano, enquanto a Orquestra venceu como melhor grupo na categoria instrumental.

A partir de concertos memoráveis em palcos brasileiros, como no Cascavel Jazz Festival, no TIM Festival (Rio de Janeiro e São Paulo), ou na cerimônia de encerramento dos Jogos Panamericanos, no Rio de Janeiro, a SpokFrevo ganhou impulso para vôos mais altos. A primeira grande turnê européia, em 2008, veio comprovar o vigor e a universalidade da sua música. Durante a excursão por seis países europeus, o grupo foi convidado a se apresentar no palácio presidencial francês, para o encerramento das comemorações do Dia da Música (Fête de la Musique). A SpokFrevo fechou a programação do Palais de l’Élysée, a residência oficial do presidente Nicolas Sarkozy, que prestigiou as apresentações ao lado da primeira-dama, Carla Bruni.

Desde então a SpokFrevo tem sido presença assídua no circuito europeu de festivais. Já esteve em 15 diferentes países da Europa, Ásia e África. Realizou concertos em palcos célebres, como New Morning, Roskilde, Montreux, Barbican, Pori Jazz, Womex, entre outros, sempre apresentando o frevo como arte e linguagem musical única, inserindo-o com propriedade nos universos do jazz e da world music ORIGENS – Inaldo Cavalcante de Albuquerque, o Spok, é considerado o caçula entre os principais maestros do frevo pernambucano. Natural de Igarassú, começou na música aos 13 anos, por influência do primo, o saxofonista Gilberto Pontes, co-diretor musical e também fundador da Orquestra. Mudou-se para o Recife nos anos 80, onde passou a estudar no CPCMR (Centro de Criatividade Musical do Recife) e pôde trabalhar com os mestres do gênero, como José Menezes, Guedes Peixoto, Nunes, Clóvis Pereira, Duda, Edson Rodrigues, Ademir Araújo. Nos anos 90, em meio à ebulição musical que ocorreu na cidade, Spok enxergou outros horizontes. “Eu via aqueles músicos improvisando e me perguntava por que não se poderia fazer o mesmo com o frevo, que eu tocava tão tradicionalmente, seguindo a partitura, enquanto aqueles músicos faziam jazz”.

Mas ele explica aquilo que busca no jazz: “O que me interessa é a liberdade do músico. A Orquestra, na verdade, faz o frevo cru, como ele é. São 17 pernambucanos no palco, que nasceram ouvindo esta música e que não têm como não executá-la com propriedade. A diferença está nos arranjos, que são feitos com o propósito do improviso, para que o músico possa colocar seu coração ali.” É, e há mais de dez anos, instrumentista, arranjador e diretor musical da SpokFrevo Orquestra, e fez como músico convidado participações especiais nas bandas de grandes artistas brasileiros como Fagner, Elba Ramalho, Alceu Valença e Antônio Nóbrega. Na história do grupo, o ano de 2003 marca uma virada. Das experiências sob o nome Banda Pernambucana e Orquestra de Frevo do Recife, surge a SpokFrevo Orquestra.

A estréia em disco veio em 2004, com Passo de Anjo, lançado de maneira independente. No repertório, clássicos do gênero e composições recentes mostram que o frevo é fonte inesgotável. De Levino Ferreira, considerado o maior compositor de frevos-de-rua, a Orquestra toca Lágrima de Folião, e Mexe com Tudo, esta gravada por Pixinguinha nos anos 40. De Sivuca, expressão da música brasileira e universal, Frevo Sanfonado prova que o frevo sempre esteve no repertório dos sanfoneiros. Entre os mestres do gênero, a Orquestra interpreta Clóvis Pereira (Ponta de Lança), Maestro Duda (Nino, o pernambuquinho), e Édson Rodrigues (Frevo Aberto).

De safra mais recente, Passo de Anjo – do próprio Spok, em parceria com João Lyra – virou a assinatura sonora do grupo. O CD Passo de Anjo transformou-se no cartão de visitas da SpokFrevo Orquestra, sendo escolhido pelo jornal O Estado de São Paulo como um dos três melhores lançamentos de 2004. O disco mereceu relançamento em 2006, desta vez pelo selo Biscoito Fino, que no ano seguinte também lançou o DVD e o CD Passo de Anjo – Ao Vivo, gravados no Teatro de Santa Isabel, no Recife, com pequenas mudanças no repertório e as participações especiais de Armandinho (guitarra baiana), Genaro (sanfona, ex-Trio Nordestino) e Leo Gandelman (saxofone alto).

O PORTO DIGITAL NO RECIFE





Inovação, empreendedorismo 

e capital humano 

No Porto Digital, os setores da Tecnologia da Informação e Comunicação e Economia Criativa são ferramentas de desenvolvimento econômico e social 

O Porto Digital é resultado do ambiente de inovação que se consolidou em Pernambuco nas últimas décadas. Em uma região atrativa para inovação, instituições, empresas, universidades e governos fomentaram mudanças econômicas e sociais que estão gerando riqueza, emprego e renda. 

O marco zero dessa nova economia é o Porto Digital, definido como o Arranjo Produtivo de Tecnologia da Informação e Comunicação e Economia Criativa, que está situado no Recife, capital de Pernambuco, no nordeste brasileiro. 

Dessa cidade histórica, cenário da segunda invasão holandesa em 1630, escoou a maior produção de açúcar do Brasil colonial, tornando-a por séculos uma das cidades mais modernas e importantes do País.

Hoje, Pernambuco se insinua no cenário mundial por seu capital humano, empreendedorismo e inovação. Dos engenhos de açúcar para uma economia baseada em serviços e com uma participação crescente do setor de TIC e Economia Criativa no PIB pernambucano. Em 2010, as 200 empresas localizadas no Porto Digital tiveram um faturamento de R$ 1bilhão.

Iniciativa privada, governo e universidades

Nesse contexto de produzir conhecimento localmente e exportar serviços de valor agregado para o mundo, surgiu o Porto Digital, em julho de 2000. Um projeto de desenvolvimento econômico que agrega investimentos públicos, iniciativa privada e universidades, compondo um sistema local de inovação que tem, atualmente, 200 instituições entre empresas de TIC, Economia Criativa, serviços especializados e órgãos de fomento.

Em doze anos de operação, o Porto Digital já transferiu para o Bairro do Recife 6.500 postos de trabalho, atraindo 10 empresas de outras regiões do País e quatro multinacionais, abrigando, ainda, quatro centros de tecnologia.

Para implantar o modelo de governança e os projetos estruturadores, foi criado o Núcleo de Gestão do Porto Digital, associação civil sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social (OS). O NGPD também desenvolve projetos de capacitação para jovens e fornece ferramentas para promover a inclusão social da comunidade do Pilar, situada ao norte do Bairro do Recife.

Infra-estrutura e políticas setoriais

Territorialmente, o Porto Digital está situado no bairro de Santo Amaro e no sítio histórico do Bairro do Recife, acrescentando ao projeto a componente de revitalização urbana. O bairro possui infra-estrutura adequada para a instalação de empresas de TIC por dispor de excelente estrutura de serviços e de telecomunicações. Em 100 hectares no Bairro do Recife, são 8 Km de fibra ótica instalados e 26Km de dutos, tornando a região uma das mais modernas do país.

.

CRÉDITO - EM 2014, NORDESTE CRESCE 4%, MUITO ACIMA DAS OUTRAS REGIÕES DO PAÍS




Na contramão das outras regiões do país, Nordeste tem crescimento de 4%



Nos últimos dez anos o consumo de bens e serviços foi impulsionado pelo crescimento da classe média.

O Nordeste, região em que a presidente Dilma Rousseff teve a maior queda nas intenções de voto no último Datafolha, vive neste ano situação inversa à do resto do país em termos econômicos. 

A atividade econômica cresceu acima de 4% nos cinco primeiros meses do ano, resultado superior à média nacional (0,6%), segundo o Banco Central. 

A região apresenta, por outro lado, os piores dados em relação ao emprego (veja quadro). Quando se considera apenas os dados sobre emprego formal, o Nordeste é a única região na qual houve redução no número de vagas no primeiro semestre, segundo o Ministério do Trabalho. 


A piora no mercado de trabalho reflete, principalmente, a crise na construção civil, grande empregadora na região. Os dois Estados que mais cortaram empregos no setor, depois de São Paulo, foram Bahia e Pernambuco.

O Nordeste passa por uma transição entre um período de muitas vagas com salários menores na construção para outro com menos empregos, com rendimentos maiores, na indústria, diz o presidente interino da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, Ricardo Essinger. 

"Muitas fábricas estão ficando prontas, e a quantidade de operários empregados na produção é menor que na construção. Mas você está criando emprego de melhor qualidade e remuneração." 

A entrada em operação dessas empresas é um dos motivos pelos quais a indústria cresceu 1,6% na região até maio. Ao mesmo tempo, o setor caiu 1,6% na média nacional, disse Essinger. 

O fim de uma série de obras também afeta as construtoras do setor imobiliário. De acordo com o sindicato das empresas de construção da Bahia (Sinduscon-BA), muitos trabalhadores foram dispensados no interior com a conclusão de obras do programa federal Minha Casa Minha Vida fases 1 e 2. Novos empreendimentos só vão aparecer quando for lançada a fase 3, prevista para 2015. 

Disputas judiciais com a prefeitura de Salvador, em relação a tributos, também paralisaram o já desaquecido mercado da capital. "São dificuldades dentro de um mercado não tão positivo como nos últimos anos", diz o presidente do Sinduscon-BA, Carlos Henrique Passos. 

O operário Israel dos Santos Filho, 24, foi demitido há 15 dias em Salvador, após o término da primeira etapa da obra. Desde então, procura vaga em outros canteiros. 

"Até um ano atrás, você saía de uma obra e imediatamente conseguia se colocar em outra. Agora está muito mais difícil. Conheço vários amigos desempregados." 

Israel trabalhava havia seis anos com carteira assinada como operador de bob cat (espécie de empilhadeira que retira entulho). O salário médio na função é R$ 1.200. 

Apesar da piora no emprego, a renda média cresce acima do verificado no restante do país, segundo o IBGE. Além do aumento nas vagas com remuneração maior, o Nordeste concentra grande parte dos recursos destinados a programas sociais. 

Esse fator tem contribuído para sustentar o consumo na região, além do impacto da indexação do salário mínimo, segundo o professor Roberto Tatiwa, da Universidade Federal do Ceará. 

As vendas do comércio na região crescem acima da média nacional. O pior resultado, do Piauí (3,3%), é mais que o dobro da média (1,4%). 

O cenário contribui para a boa avaliação do governo na região. Dilma lidera as intenções de voto no Nordeste, embora tenha caído de 55% para 49% da preferência no último Datafolha. Eduardo Campos (PSB) tem 12%. Aécio Neves (PSDB), 10%. 

Para Tatiwa, o Nordeste precisa melhorar em relação à qualidade da mão de obra, infraestrutura e indicadores sociais para manter o crescimento superior ao do país. 

"Diferenças entre crescimento e qualidade de vida podem estimular uma migração. Dessa vez, não de retirantes, mas de pessoal qualificado", afirma.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/07/1491677-na-contramao-das-outras-regioes-do-pais-nordeste-cresce-4.shtml
.

MISS BRASIL SOFRE OFENSAS POR SER CEARENSE

OAB-CE quer responsabilizar internautas por comentários ‘racistas’

Comentários preconceituosos no Twitter contra a recém-eleita Miss Brasil, a cearense Melissa Gurgel, levaram a Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE) a pedir que os autores fossem responsabilizados. O presidente em exercício, Ricardo Bacelar, assinou nesta segunda-feira representação e notícia-crime junto ao Ministério Público Federal contra os internautas, que, segundo a entidade, “teceram comentários de cunho racista ao povo cearense”.

Entre as postagens do Twitter, há críticas ao sotaque da população: “Miss Ceará bonita até abrir a boca e vir aquele sotaquezinho sofrível” e “Lembrem de deixar a TV no mudo quando a miss Ceará for dar a palestra dela no miss Brasil do ano que vem”. Outra comparava o padrões de beleza com o de outros estados: “Miss Ceará ganhou o Miss Brasil, e eu aqui achando que no Ceará só tinha gente feia”. Ontem à tarde, apenas um dos comentários continuava publicado no Twitter. Dois perfis estavam bloqueados.

“Não podemos tolerar qualquer discriminação contra o povo do Ceará”, defendeu, por meio de nota da OAB-CE, Ricardo Bacelar. “São colocados comentários preconceituosos e depreciativos ao povo cearense. É racismo em razão da localidade do Ceará, e nós não vamos aceitar isso. O sotaque cearense nos orgulha e faz parte da nossa cultura e da nossa identidade”, completou.

Segundo a OAB-CE, foi pedida a identificação dos autores e, caso seja constatado crime de injúria, o autor da mensagem pode ser condenado por período de um a três anos.

A cearense Melissa Gurgel, 20 anos, foi eleita no sábado Miss Brasil 2014. Ela disputou com outras 26 garotas a coroa de mulher mais bonita do país, em concurso realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

Durante esta seunda, Melissa concedeu entrevistas sobre o prêmio. Nas suas páginas em Twitter, Facebook e Instagram, ela apenas postou fotos e agradeceu àqueles que torceram por sua vitória e não chegou a comentar a polêmica. Tampouco se pronunciou a organização do Miss Brasil, embora procurada pela reportagem. Enquanto isso, os comentários repercutiram as redes sociais, e internautas criticaram as ofensas.

http://oglobo.globo.com/sociedade/miss-brasil-sofre-ofensas-por-ser-cearense-14086558?utm_source=Facebook&utm_medium=Social%20&utm_campaign=O%20Globo

.

"TORQUATO NETO" - PIAUIENSE


ENCONTRADA GRAVAÇÃO INÉDITA COM ÚNICO REGISTRO DA VOZ DO "PIAUIENSE TORQUATO NETO"



Radialista gaúcho entrevistou poeta e compositor no Festival da Record de 1968 e achou arquivo no armário 46 anos depois; rolo tinha ainda entrevistas com Tom Zé, Caetano Veloso e Rogério Duprat


RIO. “Filho, você está ouvindo a minha voz?”

— Estou, papai.

— Eu nunca ouvi a do meu pai. Estou indo agora para o Rio fazer isso.



Na manhã do último dia 10, uma quarta-feira, o piloto de avião Thiago Nunes, de 44 anos, tomaria uma ponte aérea em São Paulo, onde vive com a mulher e o filho de 8 anos, para ouvir a voz do pai, o poeta e compositor Torquato Neto, pela primeira vez. Torquato suicidou-se aos 28 anos, em 1972, quando Thiago tinha apenas 2 anos. Desde então, o filho jamais ouviu qualquer registro da voz do pai, que ironicamente fez todo mundo cantar canções como “Pra dizer adeus” (“Ah, pena eu não saber, como te contar, que o amor foi tanto...”); “Mamãe, coragem” (“Mamãe, mamãe, não chore, a vida é assim mesmo, eu fui embora...”); “Geleia geral” (“Um poeta desfolha a bandeira e a manhã tropical se inicia...”) ou “Soy loco por ti America”. Nem ele, nem a família, nem os biógrafos da Tropicália, movimento do qual Torquato foi um dos maiores expoentes.

O poeta, que completaria 70 anos no dia 9 de novembro, deixou um acervo com fotos, poemas, colunas de jornal, entrevistas impressas, três filmes em super-8 (sem áudio). O material já rendeu livros, teses e servirá de base para o documentário “Anjo torto”, dos diretores Marcus Fernando e Eduardo Ades, com apoio do Canal Brasil, em fase de montagem.

Em reportagem publicada no Segundo Caderno em 11 de junho sobre o documentário, Marcus Fernando lamentou não ter encontrado qualquer registro de áudio de Torquato, apesar de ele ter participado de festivais da canção e de programas de rádio.

Ao ler o jornal, a notícia chamou a atenção do radialista gaúcho Vanderlei Malta da Cunha, de 66 anos, que lembrou na hora de ter feito, ele mesmo, uma entrevista com Torquato nos bastidores do IV Festival da Música Brasileira da Record, em São Paulo, em novembro de 1968. Não só com Torquato: naquela noite, Vanderlei, que aos 20 anos já tinha um programa dominical de música brasileira na extinta “Rádio Cultura”, uma rádio gaúcha AM, também gravara depoimentos do maestro Rogério Duprat, do músico Tom Zé (que ainda não sabia, mas seria o vencedor daquela edição, com a música “São São Paulo, meu amor”) e de Caetano Veloso, que tinha feito, dois meses antes (eram muitos festivais concomitantes), a participação histórica de “É proibido proibir” no III Festival Internacional da Canção (FIC), em que retrucava a plateia, sob vaias: “É essa a juventude que quer tomar o poder?”.

MOMENTO DE EXTREMA LUCIDEZ

Era, portanto, o auge do tropicalismo. O álbum-manifesto “Tropicália” tinha sido lançado havia poucos meses, e o público ainda tentava entender toda aquela proposta de revolução estética e musical.

— Naquele dia havia, entre os artistas, uma espécie de “ressaca” de tudo o que tinha acontecido no III FIC, as vaias, os protestos, a confusão, por isso, em determinado trecho da entrevista, Torquato ironiza a música de protesto — comenta Vanderlei, citando o trecho em que o compositor dizia: “Caminhando e cantando e seguindo a canção, seguindo mesmo, a canção lá na frente e eles lá atrás, a léguas de distância. (...) Esse tipo de trabalho não me interessa nem um pouco” — E eu ali, um menino, entrevistando meus ídolos. Eu nem era hippie, tropicalista, era um apresentador de um programa de música brasileira no Sul. Mas a poesia do grupo baiano me tocava profundamente.


Quando Vanderlei se deu conta das entrevistas que tinha feito, considerou a noite ganha. Tinha levado semanas até convencer a pequena rádio a financiar sua estadia em São Paulo para cobrir o festival. Hospedou-se no Hotel Danúbio, o mesmo em que os artistas ficavam, para facilitar a aproximação. Que se deu graças a Gilberto Gil. Foi o músico quem puxou o rapazote pelo braço e mostrou onde estavam os outros.

O maestro Rogério Duprat falou sobre suas inovações de arranjo: “A gente não aguenta ouvir o mesmo som de orquestra. Estamos pesquisando novas formas de manipular o som da orquestra, vendo se a gente consegue entortar geral. O momento atual da música popular todo está meio crítico. E o humor é a forma mais importante de crítica”. Tom Zé explicou por que fez uma canção amalucada sobre São Paulo: “Todo mundo tem mania de falar mal de São Paulo, então somente pra ser espírito de porco fiz uma canção falando bem, falando mal, tudo misturado, pra fazer confusão no espírito das pessoas”. E Caetano parecia contente com a confusão da sua última apresentação: “A gente tem que fazer alguma coisa, deixar as coisas paradas não corresponde às necessidades do nosso povo. Acho que a gente deve assustar as pessoas, chateá-las. Divertir e chatear”.

Torquanto Neto & Vinicios de Morais
— Foi o pulo do gato. Se hoje esse áudio existe, é graças à generosidade de Gilberto Gil. E parecia que todos estavam com vontade de falar — lembra Vanderlei, por telefone, de Porto Alegre, depois de encontrar a gravação que estava silente em seu armário por 46 anos, enviando em seguida ao GLOBO, que repassou a pesquisadores de MPB e ao filho de Torquato, Thiago. — Acho que foi um dos últimos momentos de extrema lucidez de Torquato. Ele estava muito seguro do que faziam com o tropicalismo. Os anos seguintes foram muito melancólicos para ele, que foi para Londres, rompeu com os baianos, até o desfecho trágico. Mas, ouvindo-o falar hoje, passados tantos anos, tenho certeza: quem fez aquilo tudo e falava daquele jeito não queria ser esquecido.

Torquato sentou-se numa poltrona à entrada do teatro e respondeu às questões do jovem, que fez as perguntas de pé, segurando o gravador de rolo — não havia outro assento livre. Era franzino, narigudo e tinha o rosto marcado por espinhas, lembra Vanderlei. Vestia um camisa de manga curta e uma calça jeans. Estava tranquilo.

Falou sobre a relação do tropicalismo com o mercado (“Música é para vender, é batata, não adianta, tem que vender, se não não presta”); sobre a importância dos festivais da canção (“Eu acho que as melhores coisas que apareceram de uns três anos para cá em música no Brasil apareceram em festival”); sobre poesia (“Eu acho da maior importância o movimento concretista. Influenciou demais todo o meu trabalho, tudo o que venho tentando fazer”); elogia Caetano (“A poesia de Caetano em música é atualmente a mais importante do Brasil, é a mais rica, a mais sugestiva, a que indica mais caminhos”); e sobre tropicalismo (“Eu acho nosso trabalho importantíssimo pelo seguinte: é o que abre perspectivas. O tropicalismo é um negócio abrangente, totalizante”).

‘AINDA ESTÁ ECOANDO NA MINHA CABEÇA’

Ao ouvir a voz pela primeira vez, numa sessão caseira com os diretores do documentário, Thiago reagiu de maneira alegre, mas um pouco atônita. Estranhou o sotaque excessivamente baiano para um piauiense (“Ele falava igual ao Caetano!”) e lamentou o fato de os avós não estarem vivos (“Se minha avó tivesse ouvido isso, teria ganhado uma sobrevida”). Foi como se tivesse feito nascer, naquela sala, um novo pai.

— Eu nunca poderia imaginar que o ouviria... Já dava essa hipótese por perdida. Procuramos muito, mas nunca achamos nada. É uma sensação reconfortante, mas difícil de pôr em palavras. Infelizmente não sou bom como ele com as palavras — limitou-se Thiago, que no dia seguinte mandou a seguinte mensagem: — A voz dele ainda está ecoando na minha cabeça. Conversei longamente ontem com minha mãe sobre coisas de que nunca falamos. Estou muito emocionado.

Torquanto Neto & Gilberto Gil
Depois da audição, Marcus Fernando, diretor do documentário “Anjo torto” (que deve ficar pronto no início de 2015), fez uma análise do conteúdo da gravação:

— A importância dessa descoberta é gigantesca. É a oportunidade de chegar perto dele, através do sotaque, do ritmo da fala e do pensamento, bem resumido ali: a inquietação com os rumos da música brasileira, a valorização da letra de música como forma poética, a reflexão sobre a temática das canções (a obsessão com o Nordeste e a família), a influência dos concretistas em sua obra, a afirmação do movimento tropicalista (assumindo inclusive que um dos objetivos era conquistar mercado porque “disco é feito pra vender”), o desinteresse pela música engajada...

Professor de Literatura da PUC-Rio e autor de “Tropicália” (Azougue) e “Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado — Cultura marginal no Brasil” (Civilização Brasileira), Fred Coelho acrescenta que a fala de Torquato reproduz a “personalidade incisiva, provocadora, irônica, pilhada, pronta para o embate”:

— A fita ainda tem um traço trágico, de tristeza profunda, pois o vemos traçando planos no coletivo, quando sabemos que isso ia se desmanchar meses após esse papo. Ele perde parceiros, amigos, o lugar de intelectual de um movimento, vai pra Londres, onde tudo dá errado, volta e praticamente abandona a música, colocando o jornalismo e o cinema no centro dos interesses. E ouvir isso tanto tempo depois, uma voz que vem do além, um morto que fala pela primeira vez, como um Brás Cubas... Saravá.

Quem também parou o que estava fazendo, anteontem, para ouvir o amigo, e a si mesmo, tanto tempo depois, foi Tom Zé.

— Ao falar de assuntos simples, ele consegue dar opiniões de muita carga sígnica. Um dos assuntos a que Torquato se refere é uma coisa hoje esquecida, como se fosse impossível: no lançamento do tropicalismo, em 1967, a classe estudantil nos chamou de traidores da música brasileira — diz Tom Zé, de quem Torquato “roubou” a expressão “domingou” para batizar uma canção. — Foi um grande prazer e uma alegria ficar 20 minutos ouvindo aquela voz tão carinhosa e nordestina. Dá saudade.

ARQUIVO SERÁ ENVIADO A TERESINA E AO MIS

Coincidentemente, dias antes de Thiago receber — e ouvir — o arquivo enviado por Vanderlei ao GLOBO, o escritor Marcelino Freire publicava um post intitulado “Procura-se a voz de Torquato Neto” no blog “Quebras”, que mantém no site do Itaú Cultural, no qual reporta uma longa expedição sobre culturas regionais que tem feito por 15 capitais brasileiras, como parte do projeto “Rumos”.

Torquato Neto & Chico Buarque
— A primeira cidade que passei neste projeto Rumos, onde vou buscando conhecer e mapear os artistas locais, contando tudo no blog, Foi Teresina. Lá, entrei em contato com muitos artistas jovens ainda hoje muito influenciados por Torquato, como o Thiago E., que edita uma revista linda, a “Acrobata”. Também conheci George, primo do Torquato que mantém seu acervo, e foi ele quem me chamou a atenção para a falta que fazia conhecermos a cor da sua voz, seu sotaque, seu timbre. Quando eu podia imaginar que na mesma semana alguém lá no sul acabava de achar um arquivo com a voz dele! — comemora Marcelino, em cujo post em tom de apelo se lê trechos como “Teresina é discreta e faz, podem ter a certeza, um grande movimento que inclui revistas de arte, desenhos, música, teatro, dança. Nós, bárbaros e barulhentos, é que temos dificuldade de escutar onde está a voz, onde se esconde, em que lugar andará a língua de Torquato. Ajudem-nos, urgente, a procurar.”

O arquivo será encaminhado ao responsável pelo acervo de Torquato em Teresina, o primo George Mendes, bem como ao Museu da Imagem e do Som (MIS), no Rio.

— Coloco essa fita à disposição depois de anos no armário, pois acredito que ela possa ter valor documental na pesquisa sobre a contribuição desta grande figura da cultura brasileira — declarou Vanderlei, ainda tocado com o próprio achado.





http://oglobo.globo.com/cultura/musica/encontrada-gravacao-inedita-com-unico-registro-de-voz-de-torquato-neto-14069434

.