JORGE AMADO, O ESCRITOR E O PERSONAGEM

No centenário do autor, revelações sobre a criação de uma obra traduzida em 49 idiomas. Se escrever é 99 por cento de transpiração e apenas um por cento de inspiração, para Jorge Amado essa conta não fechava. No Caminhos da Reportagem desta semana você vai ver que o escritor de Capitães da Areia, Tieta do Agreste, Tenda dos Milagres, e tantos outros, não tinha uma, mas várias regras, manias, fases, horários e lugares para escrever. O que não mudava nunca era a observação sobre o ser humano. 


Do pescador ao artista, do amigo filósofo à dona do bordel que frequentava quando moleque, qualquer pessoa que passasse pelo campo de interesse do escritor, corria o risco de acabar nas páginas de seus livros. Você vai ver que Jorge Amado, ele próprio era um personagem que se apaixonava pelos protagonistas, ria deles e para eles. As histórias de um escritor correndo de sua inspiração em Ilhéus, as desilusões com o comunismo, as diversões em viagens à Europa, o amor por Zélia Gattai. Neste Caminhos da Reportagem, você vai se emocionar com a vida do autor traduzido em mais de 50 países, que acima de tudo gostava de contar uma boa história.

 
 
Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos1 . Integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da primeira metade do século XX - ideologia presente em várias obras, como a retratação dos moradores do trapiche baiano em Capitães da Areia, de 1937. Jorge é o autor mais adaptado do cinema, do teatro e da televisão. Verdadeiros sucessos como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tenda dos Milagres, Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra foram criações suas2 . A obra literária de Jorge Amado – 49 livros, ao todo – também já foi tema de escolas de samba por todo o País. Seus livros foram traduzidos em 80, países, em 49 idiomas3 bem como em braille e em fitas gravadas para cegos1 . Jorge foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho. Mas em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994, a sua obra foi reconhecida com o Prêmio Camões.




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